Desigualdades sociais no Paraná - Augusta Pelinski e Jandir Ferreira de Lima.

31-01-2012 20:32

*Augusta Pelinski e Jandir Ferreira de Lima


    As desigualdades regionais no Paraná é um problema que demanda ações urgentes em termos de política pública.  Para se ter uma idéia, no grau de desigualdade de renda entre os indivíduos, de 1970 a 2000, apenas dois municípios paranaenses tiveram redução do índice: Cornélio Procópio e Astorga. Nos demais municípios, a desigualdade aumentou. Como se não bastasse, atualmente, há dois corredores de desenvolvimento econômico se fortalecendo no Estado: o primeiro, na mesorregião Metropolitana de Curitiba e o segundo no Norte Central paranaense, com uma tendência de formação de um terceiro corredor de desenvolvimento no sentido Norte-Central – Oeste do Paraná. Tanto que 81% dos municípios considerados desenvolvidos ou em desenvolvimento estão localizados nesses corredores e no Oeste paranaense.

    Quanto aos municípios subdesenvolvidos, seu adensamento se dá principalmente no Centro e no Norte Pioneiro do Paraná.  Como existe uma tendência de concentração dos municípios segundo o seu desenvolvimento, nota-se no Paraná a existência de um processo cumulativo com efeitos disseminadores para áreas circunvizinhas, ou seja, a difusão do desenvolvimento econômico (ou do subdesenvolvimento) se dá por efeitos de proximidade. Além disso, o desenvolvimento econômico dos municípios do Paraná se processa num tempo efetivamente maior do que a ocorrência do subdesenvol
vimento.

    Frente a essa situação, a ação do Estado no desenvolvimento econômico torna-se relevante, pois na medida que o poder público intensifica seus investimentos, disponibilizando uma melhor infra-estrutura, melhores condições sociais e econômicos, cria-se um dinamismo interno nas regiões e municípios periféricos. No caso do Paraná, além das inversões estatais não serem difusas e homogêneas, as influências destas inversões também não são iguais. Pesquisas recentes do Grupo de Pesquisas em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (GEPEC) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)/Campus de Toledo demonstraram que apenas nas mesorregiões Metropolitana de Curitiba, Norte-Central, Centro-Oriental, Norte-Pioneiro, Centro-Sul, Noroeste, Centro Ocidental e Oeste é que o investimento do Estado exerce efetivamente um efeito positivo sobre o perfil do desenvolvimento econômico. Nessas regiões, os investimentos estatais têm um papel relevante no processo de d
esenvolvimento, tornando-se importante na dinamização do processo.

    Portanto, as políticas públicas de desenvolvimento socioeconômico dos municípios paranaenses devem visar a redução da desigualdade de renda entre os indivíduos, e dessa forma avançar no crescimento econômico através da ampliação do mercado interno e o fortalecimento das aptidões regionais. Por isso, medidas como investimentos para garantir o acesso e a qualidade da educação básica, que possibilitem a redução das desigualdades educacionais; investimentos em infra-estrutura e novas tecnologias para a ampliação da capacidade produtiva da economia; programas e incentivos ao treinamento para a força de trabalho, visando a qualificação dos trabalhadores; a promoção de reformas fiscais com o intuito de melhorar a eficiência e a equidade da tributação, contribuem muito para elevar a qualidade de vida da população e diminuir as disparidades internas de renda.

    *AUGUSTA PELINSKI - é mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

    *JANDIR FERREIRA DE LIMA - é economista e Prof. adjunto do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

 

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