2012-04-25 11:06

O porquê do ensino sem qualidade.

            Já é sabido que cargos de salários elevados são poucos e mais disputados por serem bem remunerados, e geralmente quem ocupa esses cargos são pessoas com históricos universitários de escolas particulares ou fora do país, são formados em línguas estrangeiras e com carta de apresentação por serem conceituados dentro da sociedade. Agora em cidades pequenas, a tendência é diminuir ainda mais esses cargos e o aumento da disputa ser mais acirrada ainda entre a classe média.

            Como fica a disputa desses cargos elevados para os alunos de escolas municipais e estaduais, se os responsáveis em preparar os alunos para terem um senso crítico e profissional tem apenas passado teorias que muitas vezes nem os próprios sabem como por em prática e o que estão passando, só serve como acervo para pesquisa ou nem isso.

Se os formadores de alunos de escolas públicas, não possuem um programa eficaz para qualificar esses alunos, logicamente que esta disputa não vai existir.

O ensino sendo de baixa qualidade acaba causando desânimo nos alunos do ensino fundamental e médio, que ao passar dos meses vão abandonando a escola, procurando o serviço braçal ou qualquer remuneração para suprir suas necessidades e de suas famílias, perdendo a oportunidade no período de sua juventude de conquistar uma profissão bem remunerada e de menos exploração.

E o que é mais triste, isto também esta acontecendo com cursos profissionalizantes em escolas municipais e estaduais que recebem a programação do governo, porque são programas baseado somente em teorias, não possuem dinâmica que leve o aluno a sentir um pouco de como é a realidade do mercado de trabalho, que atenda o mercado com a capacidade de resolver problemas e gerenciar seu ambiente rotineiro de serviço.

            Curso profissionalizante, penso que seja pra dar noções básicas de uma realidade real do funcionalismo da empresa, dando a oportunidade para o aluno de se identificar com o seu melhor desempenho dentro das várias funções que uma empresa possui.

            Para isso acontecer é necessário o mesmo ter a instrução de como desenvolver documentos que atendam os diversos setores da empresa, de como implantá-los, monitorá-los, passando para o empresário a segurança de um profissional competente não sabendo tudo, mas o que faz, o faz com excelência. Tem que se adotar um sistema de ensino por competência, onde o aluno aprende o que realmente vai precisar para a sua vida profissional.

Quem se beneficia com esses estudantes sem qualificação?

        Geralmente os beneficiados com essa desqualificação são indústria, comércios, empreiteiros que admitem esses funcionários para serviços duros e com baixa remuneração, são muitos os trabalhadores que mal possuem o ensino fundamental e disputam então essas vagas, tornando suas tarefas árduas pouco reconhecidas financeiramente.

        Outra parte que também se beneficia são os filhos de famílias que já possuem um patamar estável dentro da sociedade, se mantendo em escolas pagas e que com a desistência dessa massa possuem mais chance de estar ocupando os melhores cargos e mantendo sua posição social.

Porque os cursos não têm dinâmicas, são só teorias?

            Mantendo os cursos só com teorias, eles se tornam chatos e sem nenhuma atratividade para os alunos que acabam ficando entediados.

            Muitos desses alunos matriculados em cursos profissionalizantes, já estão no mercado de trabalho e por já estarem muitas das vezes em empresas com cargos de produção, tem a expectativa de conquistarem no curso profissionalizante a promoção sonhada, o crescimento dentro da empresa, assim esperam do curso, aperfeiçoamento dentro de suas funções.

Aqueles que nunca trabalharam, buscam através do curso, um modelo exemplar para executar as tarefas fora da escola, na esperança de conquistarem o 1° emprego bem remunerado tendo qualificação para exercer o mesmo.

Mas ao depararem com a programação curricular do curso, se frustram e estando já cansados por estarem dispondo do seu tempo de descanso sem proveito nenhum com pouco resultado alcançado, acaba sendo inevitável o desinteresse e a desistência ao longo do curso.

            Mas uma vez voltamos ao mesmo resultado, esses alunos desistentes não estarão na fila para os cargos melhores.

E se são só teóricos porque são chamados de profissionalizantes?

        Todas as escolas recebem um tipo de verba do governo para a manutenção do ensino fundamental e médio, já as que também possuem cursos profissionalizantes recebem uma verba especial a mais, justamente por serem profissionalizantes.

        Sendo assim é negócio ter esses curso e somente seguir a graduação estipulada pela secretária da educação, afinal as maiorias dos responsáveis em preparar alunos só estão preocupados com o seu salário no final do mês, poucos são os educadores que se preocupam com a qualidade de profissionais que estarão se formando pelas suas mãos, nessa selva que esta o mundo a individualidade é que impera.

Solução para resolver esta questão, projeto Empresa integrada com as Escolas profissionalizantes.

        A finalidade é trazer a realidade do dia a dia da empresa para o curso profissionalizante, fazendo o aluno sentir que não esta somente na escola e sim sendo preparado para executar tais tarefas com mais responsabilidade.

        Não somente para tirar nota, mas para que também o seu desempenho curricular lhe traga um bom emprego com melhor remuneração e uma estabilidade profissional assegurada.

        A empresa integrada as escolas profissionalizantes de uma forma consciente, certamente o beneficio que trará ao jovem que esta sendo preparado pelo curso, não será só para o aluno, mas também para as empresas que se beneficiará com a nova mão de obra mais qualificada, que estará sendo aproveitada no mercado de trabalho.

        Para que isto aconteça, bastam que os governantes estendam para as escolas municipais e estaduais, as mesmas parcerias já existentes como, por exemplo, o SENAI.

   Equipe FOCOLONDRINA