Terminal Urbano de Londrina ganha base do Samu em horário de pico

• 01/06/2011 às 10:26    -    Atualizado em 01/06/2011 às 11:07

• Pauline Almeida

    O Terminal Urbano de Londrina recebeu na manhã desta quarta-feira (1º), uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que passará a funcionar todos os dias no local, no horário considerado de pico, entre 6h e 22h.

    A medida foi tomada depois que uma senhora, Zilda de Miranda Bezerra, 58 anos, teve uma parada cardiorespiratória no Terminal e ficou esperando por quase uma hora por uma viatura do Samu. Quando a família resolveu levá-lo por conta própria ao Hospital Evangélico, ela faleceu no meio do caminho.

    Em uma reunião no Ministério Público com o promotor de Defesa do Consumidor e Direito dos Idosos, Miguel Sogaiar, na útima segunda-feira (30), a secretária municipal de Saúde, Ana Olympia Dornellas, e o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai, comprometeram-se a melhorar o atendimento médico no Terminal Urbano, tendo como primeira ação a colocação da ambulância.

    A base do Terminal dá inicio ao processo de descentralização do Samu, segundo o gerente do órgão, o médico Elândio Câmara. Ele afirmou que vem sendo pensado há algum tempo em uma forma de colocar ambulâncias em pontos estratégicos da cidade para que haja mais agilidade nos atendimentos de urgência clínica.

    Atualmente, de acordo com informações de Câmara, o Samu "faz cerca de 400 atendimentos/dia". A ambulância do Terminal vai ficar responsável por atendimentos das 120 mil que passam diariamente pelo local Além disso, também poderá ser acionada pela unidade reguladora para atender pacientes de toda a região central da cidade.

    "Essa ambulância do Terminal é um projeto de descentralização das ambulâncias. O Samu tem uma base central e nós vamos dissipar as ambulâncias não só na região central, mas em outras regiões do município. Aqui terá um atendimento pré-hospitalar, com um motorista-socorrista que prestará o atendimento primário quando precisar".

    Câmara ainda disse que o Samu vai treinar funcionários do Terminal Urbano para o uso do desfibrilador que existe para uso no local. Quando Zilda de Bezerra Miranda passou mal, ele não foi usado e levantou questionamentos sobre negligência da CMTU e falta de capacitação dos funcionários para manueseamento do equipamento.

    Na manhã desta quarta-feira (1º) também foi feito o primeiro atendimento pré-hospitalar da ambulância do Terminal e encaminhamento para o Pronto-Atendimento Municipal (PAM). Um mulher passou mal com problemas na vesícula e foi atendida pelo socorrista. Ela estava na linha 406, que faz a linha Terminal – Conjunto Maria Cecília, na região norte.

    Problemas no Samu

    Os funcionários que trabalham no Samu eram contratados do Instituto Atlântico, que é acusado de desvio de verbas da saúde. O contrato entre a oscip e a prefeitura vence no dia 8 e os trabalhadores estão cumprindo aviso prévio. A partir desta quinta-feira (2), eles devem parar de trabalhar, se não forem recontratados.

    Comentário

    Primeiramente gostaria de agradecer ao Ministério Público por mais uma vês fazer valer os direitos dos usuários do transporte coletivo de Londrina.

     Acredito que a fatalidade ocorrida no terminal, serviu também de alerta para mostrar  aos movimentos sociais que em Londrina não adianta buscar apoio político ou fazer requerimentos protocolando do próprio gabinete do prefeito em Londrina, porque se isso desse resultado certamente esta fatalidade ocorrida não teria acontecido.

     Teria até certamente evitado muitas tristezas, porque tenho certeza teve outras vítimas e que muitas delas perderam suas vidas por falta da sensibilidade de políticos que não buscam respeitar o direito dos cidadãos.

    Esta providência deveria ter sido tomada a muito tempo precisamente no ano de 2001 quando a câmara de vereadores aprovou uma lei que tratava exatamente do assunto, mas como os vereadores não se utiliza de transporte coletivo isso ficou engavetado e quando pessoas ligadas aos movimentos populares desengavetou e procurou de alguma forma fazer com que a lei fosse cumprida muitos poucos vereadores levaram a sério esta reivindicação.

    Precisou  de uma fatalidade e determinação da justiça para que isso não  aconteça mais.

OBS:. Que isto sirva de exemplo para os nossos governantes brasileiros, transforme esta medida em lei nacional, para todos os locais onde circulam uma quantidade acima de 60mil pessoas, tenha o mesmo atendimento emergencial.

    Londrina, 01 de junho de 2011.