Atualizado em 30/05/2011 às 14:25
Uma base descentralizada do Samu será instalada, a partir do dia 1° de junho, no Terminal Urbano de Londrina. A medida foi tomada como uma resposta à morte de uma mulher, no último dia 17, após ter passado mal no local. Zilda de Miranda Bezerra, 58 anos, ficou esperando por quase uma hora por uma ambulância do Samu e quando os familiares resolveram levá-la para o hospital, ela morreu no carro.
O Ministério Público iniciou as investigações sobre o falecimento dela. Na manhã desta segunda-feira (30), o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai, o diretor de Trânsito, Wilson de Jesus, o gerente do Samu, Elândio Câmara, e a secretária municipal de Saúde, Ana Olympia Dornellas, estiveram prestando esclarecimentos sobre o caso à promotoria.
O promotor de Defesa do Consumidor e Direito dos Idosos, Miguel Sogaiar, foi quem propôs que uma ambulância fosse instalada no Terminal. Ele afirma que no local passam 125 mil pessoas por dia e elas precisam ter a confirmação de que terão seu direito à saúde garantido.
O promotor de Defesa da Saúde Pública, Paulo Tavares, afirmou que o Ministério Público vai investigar o porquê de Zilda não ter recebido atendimento imediato, já que dentro do Terminal Urbano havia um desfibrilador e funcionários capacitados, mas esses aspectos não foram tratados na reunião da manhã desta segunda-feira (30).
Já o Samu divulgou que a demora no atendimento se deu pela falta de macas, problema recorrente pois os hospitais retêm os objetos, quando não possuem leitos suficientes para atender novos pacientes.
A reunião no Ministério Público definiu algumas medidas para melhorias no atendimento do Samu, principalmente na área do Terminal Urbano. A secretária municipal de Saúde afirmou que trouxe as gravações de como foi feito o pedido de socorro, pois existiriam problemas que também influenciaram na demora do atendimento.
Os familiares teriam ligado para o Siate e depois foi repasse para o Samu, que é o responsável por urgência clínicas. Para prevenir casos como esse, Ana Olympia afirmou que a base do Samu será instalada e vai atender casos de toda a região, sendo regulada pela Central do serviço de urgência e emergência.
Segundo ela, a política de descentralização da saúde é necessária para que os atendimentos sejam feito de maneira mais rápida, principalmente em grandes centros. A base terá uma ambulância com um motorista-socorrista.
Além disso, foi proposto para que a CMTU colocasse técnicos do trabalho ou auxiliares de enfermagem dentro do Terminal Urbano, para trabalhar na prevenção e orientação e também no atendimento primário.
A secretária não quis julgar se houve ou não negligência por parte da CMTU por não ter utilizado o desfibrilador que existe no Terminal Urbano. Ela afirmou que o chamado era para uma crise epilética e não para uma parada cardiorespiratória, por isso o equipamento não foi requisitado.
O diretor de Trânsito da CMTU, Wilson de Jesus, afirmou na manhã desta segunda-feira (30) que foi dado todo o apoio possível à Zilda. Ele disse que o desfibrilador não foi usado, pois ninguém achou ser necessário e ainda prometeu que todas as recomendações que forem dadas pelo MP serão cumpridas.
O COMPROMISSO DO FOCOLONDRINA DE DENUNCIAR E PEDIR PROVIDÊNCIAS BUSCANDO MAIOR RESPEITO AOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO FOI CUMPRIDO, MAS INFELISMENTE POR IRRESPONSABILIDADE POLÍTICA NÃO FOI TOMADA PROVIDÊNCIAS ANTES DE ACONTECER UMA FATALIDADE.
CELSO MELCHIADES
Desenvolvido por Webnode